O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os músicos não precisam mais de credencial da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) para se apresentar.

O Supremo Tribunal Federal tomou essa decisão no julgamento de uma ação de Santa Catarina, contra um músico que não tinha a carteirinha da instituição; o músico havia conseguido no tribunal o direito de trabalhar sem o registro, o que significa trabalhar sem o pagamento de anuidade exigido pela Ordem dos Músicos.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal alegaram que música é arte e que por isso não necessita de registro profissional para ser manifestada. Para os ministros a apresentação artística como música se enquadra no direito constitucional da liberdade de expressão.
A relatora, ministra Ellen Gracie, disse que “A música é uma arte, algo sublime, próximo da divindade. Tem-se talento para a música, ou não se tem”.
A ministra ressaltou ainda os incisos 9 e 13 do artigo 5° da Constituição Federal.
é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença, diz o primeiro inciso. é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, afirma o outro dispositivo constitucional.
O Jurista do Supremo Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro, pois a música é uma arte; seu colega Ricardo Lewandowski, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.
Atualmente em São Paulo, para se obter o registro na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), o profissional deve-se pagar a inscrição de R$ 208,00 e ainda a anuidade que pode passar de R$ 150,00, mesmo assim o músico deve se submeter a provas teóricas e práticas, o que muitas vezes dificulta a vida de músicos autodidatas que não tiveram um ensino formal.
A decisão do Supremo Tribunal Federal é uma boa notícia também para Igrejas evangélicas, visto que em 2009 a OMB chegou a criar a Delegacia Cristã Musical com o intuito de fiscalizar o credenciamento de músicos profissionais nas comunidades religiosas.
Fonte: Sulbandas
Abraços,
Rafa.
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